sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Outra vez o sol!


(Norman Rockwell)

Logo depois do almoço fui até o Santa Mônica pagar o Koerich (que maravilha é ter um Koerich ali e eu não precisar mais ir até o Shopping Beiramar!). Depois do frio de ontem, um calor exagerado. De repente uma lufada de vento, e vem do sul: bem capaz de esfriar de novo...

A menina e a mãe vêm na direção contrária, de frente pra mim. A menina é obesa, a camiseta do uniforme suja do que parece chocolate. A mãe lhe passa sermão sobre "pecado mortal", e não quero acreditar em meus ouvidos: ainda existe gente que acredite numa bobagem dessas, e - pior! - use isso pra infernizar uma criança? A menina ergue pra mim os imensos olhos castanhos cheios de culpa, e eu, também sempre tão gorda, lembro do livro da Cíntia Moscovich: Mamãe, por que sou gorda? ( Se pudesse, mataria aquela mãe com requintes de sadismo, podem crer!)

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Um carro não dá sinal e entra, em cruzamento sem sinaleira, e o motorista olha pra mim com ar furibundo. Faço pra ele sinal de pisca-pisca com a mão, mas louca pra lhe mostrar o dedo médio. Se me atropelasse, diria que tinha sido minha culpa... Mas na faixa seguinte faço as pazes com os motoristas todos: uma guria, a três ou quatro metros da faixa, resolve atravessar no meio dos carros... O motorista de um, aproveitando uma pequena parada, conversa com o companheiro ao lado.E, quando vai dar partida, ela ali na sua frente. O rapaz ficou branco...e com razão. Pior: a faixa dava direto na entrada da loja para onde ela ia. Como vivia dizendo papai: o que mais tem no mundo é basbaque!

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Passo no café e Ana não está. Eu tinha dito que hoje passava lá pra bater papo com ela. Mas tou morrendo de calor, cansada, Emanuel diz: oi, minha amiga! E Juliana vai chegando pra trabalhar: o Jorge atende pela manhã, e ela à tarde e à noite. Sento, peço meu cafezinho, fico folheando as ofertas da Koerich, só pra saber... E saio deixando recado: Manu, diz pra tua mulher que venho amanhã de novo!

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Anotei no caderno as ervas que se põe num pão aux fines herbes: 1 colher de sopa de orégano, 1 colher de sopa de fines herbes, 1 de chá de alecrim seco. Fiz minha receita habitual de pão, com essas ervas. Ficou cheiroso que só!
E não, não é no sabor que influi, é neste perfume, mesmo. Gostei, gostei!

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Entro nas galegas, antes de vir embora, pra comprar o fermento biológico, e o Osni está lá dentro. Somos fregueses tão antigos, e também dois bagunceiros tão grandes, que todo mundo entra na farra, vira uma barulheira, muita risada, muita gozação. Acho que alegramos o dia das galegas... E o nosso, também, tá na cara!

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