domingo, 20 de setembro de 2009

De volta ao aloite!

"Aloite", no linguajar serrano que meu avô usa em seus livros, significa "luta"...

Ontem, descansei, fui almoçar em Punta de las cañas, passeei, li o último Chandler que tinha, guardadinho ali na estante: Adeus, minha adorada. Hoje fiquei folgando pela manhã, fui visitar Adriane - Amanda operou o estrabismo, os pais da Adri estavam aí - e voltei pra casa cheia das ideias. Descansar muito me cansa,'cês sabem...

Sentei no computador, mandei email pro meu neto, que faz 22 anos hoje - já ganhou o presente adiantado, e eu tinha medo de me por a escrever e me esquecer de ligar mais tarde... E se me esqueço (ano passado me perdi nos dias, como sempre...), ele manda email pra mim: existe uma avó desnaturada que esqueceu meu aniversário... Não posso correr este risco traveis!

Pois sentei aqui, e fui fazer a quinta revisão em Bulha d'arroio. Daí reli um conto chamado "Minuano" pela milésima vez, e de novo fico preocupada. O conto é ótimo, mas o final é meio confuso. Já tinha cotejado com o original, e era aquilo mesmo. Mandei email pro Flávio José Cardozo, pedindo socorro. Mas hoje é domingo, não esperava resposta antes de amanhã.

Só que este "cumpadre" é gente boa: ligou no final da tarde, discutimos aquele final, e ajudou bastante a leitura dele. (Bem, acho também que Flávio se sente meio na obrigação: afinal, foi ele que me arrumou esta empreitada, hehehehe...) Aproveitei pra perguntar outra coisa (é, sou meio abusadinha!): no romance não há glossário no final, os termos estão arrolados em notas de rodapé.Isso facilita bem a leitura, porque marcar a página, ir pro final procurar, voltar, acaba cansando o leitor. Talvez seja melhor mudar o que fiz, e puxar os termos pra notas de rodapé nos contos, também.

Ele tinha pensado em me sugerir isso, e eu mesma estou achando mais funcional. No computador, fica fácil de fazer, embora seja meio chato. Pra-mor-de-que tou eu nisso: conferindo os termos, inserindo notas, consultando o glossário...

E ainda discutimos como eu falava naquela história do Guimarães Rosa invejar o título, porque eu não tinha localizado a fonte. Acabei achando: o Rosa escreveu isso na dedicatória que fez pro vô,em seu exemplar de Sagarana. Citado por tio Almiro, na introdução do volume da FCC...

Fiz o primeiro conto hoje, amanhã faço mais dois ou três, devagarzinho vai... Enquanto isso, João Bosco não vai pro céu, mas já não vive no chão, e parece perguntar: e eu, baixinha? Calma, meu querido, que já-já volto pros teus braços!

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