segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Refazendo os crimes



Este é último Chandler que tenho em casa. E fiquei meio decepcionada... Inverossímil em tudo, nas situações, nas personagens, e nem mesmo o adorável Philip Marlowe parece ele mesmo... Sua Anne Riordan é mais uma "mulher maravilha" que outra coisa!

Daí voltei à estante, e catei o sempre favorito Dashiel Hammet:



Ainda não havia lido este. Continental é a agência em que o detetive sem nome trabalha. Como é ele mesmo o narrador, provavelmente baseia-se em causos inspirados na experiência de Dash quando detetive da famosa Pinkerton, e seu nome nunca aparece. Acabou batizado de Op...

Esta edição, da Companhia das Letras, tem prefácio - engraçadinho, como sempre - do Ruy Castro. Já de início tem erro flagrante: compara Dash com Chandler, Sam Spade com Marlowe, o hardboiled de Dash com o de Hemingway, pra ver quem chegou primeiro - constata que, pela data de publicação, foi mesmo o Dash e diz que o carro de Marlowe é um Chrysler. Ora, eu tinha acabado de ler três romances com Marlowe... Assim mesmo, fui conferir. Seu carro é um Oldsmobile, que ele chama brincalhonamente, fazendo trocadilho, de "o velho Olds"... (Dash não dirigia, de modo que seus detetives também não o fazem.)

São contos, gostosos de ler, envolvendo toda a estrutura da agência por diversos locais, até pela Europa, através de outras agências. Op não dirige, mas em compensação, vive indo ao correio passar telegramas e cabogramas. Hoje mandaria emails...

Muito bom, muito bom!

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