sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Pobre guria!

Toca o telefone,ligação a cobrar, espero a identificação, pode ser Cristina.

- Mãe, mãe! Acabo de ser assaltada!

Um fiapo, de voz de moça, apavorada, mas não era Cristina, não.(E se ela for assaltada lá em Jampa, que não invente de ligar nessa hora, assim assustada, porque só vai servir para me deixar nervosa, ainda mais sem poder fazer nada! Leva o maior esporro! Depois, depois, que não sou tão desnaturada assim...)

Respondi com a voz mais calma que achei:

- Querida, estás ligando pro número errado!

E ela de novo, naquele fiapo de voz:

- Mãe! Me assaltaram, mãe!

E eu:

- Já te disse, querida, que estás ligando pro número errado!

E ela:

- Ai, mãe!

Haja saco:

- Assaltada onde?

Daí ela desligou.

Tou sem saber se foi verdade, ou se era introdução pralguma daquelas histórias de sequestro relâmpago... Uma vez me pegaram numa dessas, quando usaram meu filho, e fiquei apavorada por alguns minutos, até perceber as incongruências. Mandei tomarem...

É por essas e pelos telemarketing que ODEIO telefone! Tenho porque reconheço a necessidade, mas que é um saco, é. E daí que o "pobre guria" do título tanto serve pra ela - se for verdade - como pra mim...

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